Ensino
formação com professores
Nesta edição do curso de formação com professores propomos, ao longo de 05 encontros, construir um diálogo que propicie a professoras/es o contato com profissionais que atuam em diferentes linguagens artísticas.

Formação para professores
Arte e Cidadania - Diálogos Interdisciplinares 

04 a 08  de novembro de 2024
19h às 21h
Online (plataforma zoom)
Inscrição: https://forms.gle/cwKYMVNfDBudiYe36


Apresentação da atividade:

Em 2016, a pensadora Leda Maria Martins, uma das maiores referências nos estudos da performance, durante a abertura de um festival em Minas Gerais,  afirmou que "a cultura e a arte nos levam a acreditar na possibilidade de paz no planeta”. Mais recentemente, a Revista Nature publicou os resultados de uma pesquisa que revelou o papel que a arte exerce no engajamento dos males causados pela crise climática e ambiental. Segundo os cientistas a constatação se deu na transformação dos dados compilados em obras de arte abstratas que levadas ao público, aguçaram as sensibilidades, ampliaram a capacidade de romper as  barreiras linguísticas, acabando por tornar estas pessoas mais sensíveis sobre a necessidade de programas de danos e justiça global para as populações diretamente atingidas.

​Mesmo diante de tais constatações, ainda é frágil o lugar ocupado pelo ensino de artes na formação integral de alunas/os. São constantes as ameaças de redução de carga horária da disciplina ou a colocação de professores/as como recreadores ou mero decoradores do espaço para festas e confraternizações. Uma breve investigação permite entender que esses são os frutos da maneira reducionista com que este campo de saber foi encarado e pautado pelas leis que estruturaram a educação.

Para Ana Mae Barbosa, por exemplo, o ensino de artes no Brasil pode ser alocado ao redor de três grandes correntes: uma inicial denominada Pré-Modernista na qual predominou a ideia do ensino da arte como técnica;  outra que o via como Expressão e também como Atividade, e a tendência  Pós-Modernista, para a qual ele surge como Conhecimento. Imperioso entender que cada uma destas convicções  ainda se faz presente nos diversos currículos, pois, como destaca a autora está na disciplina se enunciando “através do ensino do desenho, do ensino do desenho geométrico, do ensino dos elementos da linguagem visual, descontextualizada da obra de arte; na produção de artefatos, utilizando-se de elementos artísticos para a sua composição; na pintura de desenhos e figuras mimeografadas” (SILVA, 2007; BARBOSA, 2002).

Felizmente a recente legislação em vigor se constituiu a partir do alargamento do campo proporcionado pela Arte-Educação e se beneficia de um escopo que abarca uma ampla e diversa linha de atuação. Assim, há a crença de que este componente curricular auxilia na interação crítica dos alunos com a complexidade do mundo, auxilia no respeito às diferenças e o diálogo intercultural, pluriétnico e plurilíngue, importantes para o exercício da cidadania. Em conclusão caberia à arte facilitar a troca entre culturas e favorecer o reconhecimento de semelhanças e diferenças entre elas. (BRASIL, 2017, 193). Afirmações poderosas mas que nem sempre apontam para processos metodológicos viáveis. 

Diante das diversas agressões que têm marcado nossa vivência como sociedade e tomando as informações acima como fios condutores, o curso de formação com professores Arte e cidadania- Diálogos interdisciplinares tem como objetivo, ao longo de 05 encontros, construir um diálogo que propicie a professoras/es o contato com profissionais que atuam em diferentes linguagens artísticas e cujas intervenções auxiliam na formatação de processos metodológicos executáveis nas escolas. A finalidade é que o educando possa exercer  uma cidadania mais consciente, crítica e participante (FERNANDES et alii, 2021).

O curso tem como público alvo professores e professoras da rede pública municipal e estadual, professores e professoras da rede privada de ensino, educadores e educadoras em museus e espaços culturais, artistas e pesquisadores interessados no tema. Serão disponibilizadas 40 vagas preenchidas por ordem de inscrição considerando que 50% das vagas são destinadas para profissionais da rede pública, pessoas negras, indígenas e pessoas LGBTQIA +.

Os encontros acontecem de forma remota, através da plataforma zoom entre os dias 04 e 08 de novembro. Os certificados serão emitidos aos participantes que obtiverem 75% de presença. A carga horária será de 10h.

Cronograma

 


17/10 a 24/10


Período de inscrição

28/10

Resultado das inscrições

04/11

1º encontro 

Poesia da futuridade-por uma escola segura com Wescla Vasconcelos

05/11

2º encontro

Arte-Educação na produção e visualização de afetos pelo território com Robnei Bonifácio e Danielle Moreira

06/11

3º encontro

Imagens e produção de realidade na reelaboração coletiva da história da arte com Jaime Lauriano

07/11

4º encontro

Performances da futuridade- por uma arte  que amplie o corpo e a palavra com Amanda Soares e João Paulo Lima

08/11

5º encontro

Modos de criar e fazer artísticos a partir das perspectivas artísticas indígenas e afro brasileiras com Clarissa Suzuki

Acontece na EAV


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