Orientação Multisuporte

MEMÓRIAS E IMPRESSÕES ANCESTRAIS: APRENDER E ENTRELAÇAR SABERES

MEMÓRIAS E IMPRESSÕES ANCESTRAIS: APRENDER E ENTRELAÇAR SABERES

Sobre o curso

O curso tem como intuito evocar e compartilhar memórias ancestrais sob uma perspectiva artística, etnográfica, histórica e militante de grupos étnicos-raciais que constituem a formação da cultura brasileira. Vozes e lembranças ecoadas serão peneiradas, tramadas e expressas em linguagem verbo-visual coletivamente, enquanto formulações teóricas a respeito das artes e saberes que as atravessam constitutivamente serão apresentadas.  

O que você vai aprender:

Percorreremos conjuntamente experiências de vida que possam expandir nosso habitar no mundo. A partir de manifestações culturais trazidas pelos docentes, os alunos serão estimulados a reflexão e a fazeres práticos.

 

MÓDULO 1 -Contra narrativas para outras verdades

Apropriações culturais

Ações curatoriais afro-indígenas

Afeto e Bordados como práticas insurgentes 

 

MÓDULO 2 - Jenipapo, carvão e urucum

Cosmologias da etnia Kariri da Paraíba em territórios das cidades da baixada fluminense: Duque de Caxias e a Arte Indígena Contemporânea

Coletivo Tuxaua - Rede de Saberes Indígena e Cultura Popular.

Os processos de invisibilidades de povos indígenas nas cidades.

MÓDULO 3 - Escritas de si, escritas com os outros

Filosofias Africanas e oralidades encantatórias

Herdar e honrar: arte e vida Lélia Gonzalez

Tecendo aliança possíveis 

MÓDULO 4

A poesia dos teares e a poética das linhas

Kaingáng e Kariri, cores e formas

Pigmentos pele

Tecer, tramar e trocar: aprendizados ao fazer

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Orientação Multisuporte

MEMÓRIAS E IMPRESSÕES ANCESTRAIS: APRENDER E ENTRELAÇAR SABERES

R$480,00 por mês

RECURSOS

À medida que os alunos forem se vinculando aos projetos disparadores propostos pelo docente, eles poderão sentir a necessidade de uso e experimentação de materiais que deverão ser providenciados por eles mesmo

Este curso é indicado para:

Indicado para pessoas interessadas em conhecer e/ou pesquisar o tema. Indicado para pessoas interessadas em desenvolver processos artísticos. Indicado para pessoas com processos artísticos em desenvolvimento. Não exige conhecimentos prévios.

Dinâmica:

As aulas têm caráter expositivo, prático e teórico. Os encontros serão orientados em função dos interesses comuns de professores e alunos.

  • Ministrado por:

    Nathanael Araujo

    Nathanael Araujo é professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Atualmente ocupa a função como coordenador de ensino. Formado em Ciências Sociais com doutorado em fase de conclusão em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas, também leciona nas Pós-Graduações em Estudos Brasileiros e em Antropologia da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

    Seus trabalhos pensam o mundo da arte impressa (livros de artistas, fotolivros, publicações) interseccionado por categorias como sexualidade, gênero, raça, classe, geração e território.

  • Ministrado por:

    Rosemeri Conceição

    Sou Doutoranda em História e Crítica da Arte no Programa de Pós Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAV-UFRJ). Mestre em História Social pela Universidade de São Paulo e Graduada em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Tenho atuado como pesquisadora, docente e curadora em estudos sobre raça, representação, estéticas, feminismo negro e práticas decoloniais em museus. Em 2022 fui premiada com bolsa integral para apresentar minha tese no The Afro-Latin American Research Institute at the Hutchins Center for African African American Research (ALARI) da Universidade de Harvard. Trabalhei como curadora  de duas missões fotográficas do livro Urbegrafia: um mosaico visual do rio - 1ed.(2023). Pesquisadora do MASP através do edital de bolsa-pesquisa, onde abordei a estética de Cândido Portinari. Integrante da Residência Territórios Curatoriais do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) de 2023. Em 2024, compôs o grupo de brasileiras/os selecionados para o MINON 2024 que na Catania/Itália discutiram os rumos da Museologia Social. 
  • Ministrado por:

    Ana Kariri

    Dra. Honoris causa pela FACETEN (Faculdade de ciências,educação e tecnologia do Norte do Brasil)OCAA(Ordem dos capelães afro e ameríndios do Brasi)e  FACTEFERJ(Faculdade   de teologia e filosofia do Estado do RJ), Professora do pré vestibular indígena Paulo  Freire, Liderança da Etnia Kariri da Paraíba, Artista Visual Indígena, Escritora, Membra da Academia de letras- ALEGRO/MG, Presidenta do Coletivo Nacional Tuxaua rede de saberes indígenas, Membra do Conselho de cultura de Duque de Caxias/RJ, Faz parte da rede nacional   do Mulherio das letras indígenas. Desenvolve oficinas de arte indígena  e escrita criativa desde 2002 .Atuou com professora e coordenadora  nos Programas Mais educação,Mais cultura nas escolas ,recreios nas férias pela Secretaria de educação  de Duque de Caxias nos anos de 2006/2008/2010/2014/2016.

    Contadora de história pelo Ciclo Brasil de Leitores em 2010 a 2017.

    Coordenadora de projetos especiais e emendas parlamentares pela Secretaria de Cultura de Duque de Caxias no período de 2013 a 2016.

    Participou da equipe de pesquisa Cotec no Museu do índio no RJ de 2020 a 2022 e projeto Indígenas na rede escolar. Desenvolvi mais alguns trabalhos pelo Sesc itinerante em 2019 com Cristino Wapichana.

  • Ministrado por:

    Vãngri Kaingáng

    Vãngri é do povo Kaingáng nascida na Aldeia de Ligeiro, Município de Tapejara, Rio Grande do Sul. Educadora e Griô mestre de tradição cultural kaingáng, pelo Instituto Kaingáng, na Aldeia Serrinha, Rio Grande do Sul, 2005, ao ano de 2021. Escritora com duas obras publicadas, uma sendo a primeira Antologia Indígena com demais escritores e educadores do NEARIN, (Núcleo de escritores Indígenas ) do INBRAPI , sendo livro de poesias, publicado pela Secretaria de Cultura de Mato Grosso, especialmente para primeira FLIMT, Feira do Livro de Mato Grosso em 2009. Escritora e ilustradora do Segundo livro, Jóty o tamanduá, livro de mitologia do povo Kaingáng, publicado pela Global Editora em julho de 2010. Griô Aprendiz do Projeto Ação Griô do Ministério da Cultura, de 2008 a 2013.

    Trabalhos desenvolvidos com a Rede Globo de Televisão, no núcleo indígena da novela Araguaia escrita por Walther Negrão e exibido entre 2010 e 2011, com trabalhos de grafismo indígena e tradução de falas dos personagens para língua indígena.

    Figuração, maquiagem e pinturas corporais do elenco de Bily Pig, filme produzido pela emissora da TV RECORD. Atuando no brasil como artista indígena desde 2002.

    Em minha atuação como artista plástica na produção de peças de obra de arte sob encomenda como o balaio gigante em exposição no MAM, deste ano de agosto e setembro de 2013, sendo o maior cesto indígena produzido por diferentes povos indígenas, coordenado por esta artista plástica. Produção de oficinas de tecelagem para peças de adornos com grafismo indígena, trabalhos desenvolvidos nas diferentes Aldeias no norte do Rio Grande do Sul. Produção audiovisual no Projeto Ação Griô Nacional, com documentário premiado pelo ministério da cultura no ano de 2009. Atualmente, atuava como estudante do curso de MEDICINA  na Universidade Federal de Pelotas, desde fevereiro de 2019.  

Referências

Ano Novo Guarani.https://www.youtube.com/watch?v=A4QDLpTF9NY

ARAUJO, Nathanael. [Artigo Sem Título]. In: Grigolin, Fernanda; Ayerbe, Julia. (Org.). Entre, à Maneira de, Junto a Publicadores. 1ªed.São Paulo: Edições Aurora I Publication Studio São Paulo, 2016, v. , p. 20-23.

ARAUJO, Nathanael. As muitas faces de um livro: sexualidade e moralidade no mercado editorial. In: RANGEL, Everton; FERNANDES, Camila; LIMA, Fátima. (Org.). (Des)Prazer na Norma. 1ªed.Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018, v. , p. 247-272.

ARAUJO, Nathanael. Experiências e memórias negras revisitadas: a transmutação poética. Jornal de Borda, Campinas, , v. 4, p. 30 - 31, 17 mar. 2017.

ARAUJO, Nathanael. Quantas letras são necessárias para a descolonização do pensamento? AEANFDC: um coletivo de artistas contemporâneos, negros, LGBTQI+ e diaspóricos. Jornal de Borda, p. 41 - 41, 09 mar. 2019.

BENJAMIN, Walter; ARAUJO, Nathanael; BITTENCOURT, Bia. Quién puede construir una biblioteca en su casa?. La biblioteca de mi casa. 1ed.Barcelona: "No Libros", 2023, v. , p. 25-35.

CONCEIÇÃO, Rosemeri. Olhares Insurgentes: cores, corpos e poéticas afro diaspóricas. Revista Parque Lage, n° 0, 2023.  

ESBELL, Jaider. Arte Indígena Contemporânea e o grande mundo. Site Jaider Esbell. Texto publicado em 14 de junho de 2018 a. Disponível em https://goo.gl/6ipzRH. Acesso em 27/01/ 2021.

FAUSTO, Carlos; SEVERI, Carlo (orgs.). Palavras em Imagens: Escritas, corpos e memórias. França: OpenEdition Press, 2016.

FRAGA, Mari. Tempo Fóssil: petróleo, arte e corpo na cosmopolítica do Antropoceno. Revista  Brasileira de Estudos da Presença. [Periódico] , v. 8, p. 31-62, 2018.

GONÇALVES, Lisbeth Rebollo. Entre Cenografias – O Museu e a Exposição de Arte no Século XX. São Paulo: Edusp, Fapesp, 2004.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. In: Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, Nº. 92/93 (jan./jun.). 1988, pp. 69-82.

GRIGOLIN, Fernanda; MEDEIROS, Vânia; FELDHUES, M.; ARAUJO, Nathanael; FABRES, Paola. Aquilo Tudo Antes do Porvir. Arte ConTexto , v. 4, p. 10-13, 2016.

KARIRI, Ana Silva. Talk´s Cultural: Cid Torquato Conversa conversa sobre diversidade. Unibes Cultural, 2021:https://fb.watch/o4QyqL2Yqb/

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LAFONT, Anne. A Arte dos mundos negros. Rio de Janeiro: Bazar do tempo, 2023.

LAGROU, Els (organização). No caminho da miçanga: um mundo que se faz de contas. Rio de Janeiro: Museu do Índio, 2016.

LOPES, Nei; SIMAS, Luiz Antonio. Filosofias Africanas: uma introdução. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 2020.

MIGNOLO, Walter D. . Novas reflexões sobre a “idéia da América Latina”: a direita, a esquerda e a opção descolonial. Caderno CRH, 21(53),https://doi.org/10.9771/ccrh.v21i53.18970 

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QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder e classificação social In Sousa Santos, Boaventura de; Meneses, Maria Paula (orgs.). Epistemologias do Sul. Coimbra: Edições ALMEDINA, cap. 2: pp. 73-117.

REINHEIMER, Patricia (Org.); ARAUJO, Nathanael (Org.); Fernandez, Annelise (Org.); LIMA, Rachel (Org.); DIAS, Paulo Vítor (Org.). Desenhando coisas e afetos: a casa que construímos, a casa que nos constrói. 1. ed. Florianópolis: Enunciado Publicações (Trem da Ilha Editorial), 2023. 170p .

REINHEIMER, Patricia; ARAUJO, Nathanael; SANTOS, M. O.. Pessoas e coisas em movimento. In: REINHEIMER, Patricia; ARAUJO, Nathanael; SANTOS, Miriam. (Org.). Imigração e Cultura Material: coisas e pessoas em movimento. 1ªed.São Leopoldo: Oikos, 2019, v. , p. 9-26.

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SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprender, ensinar e relações étnicoraciais no Brasil. Porto Alegre: Revista Educação, nº. 3, 2007.

SIMAS, Luiz Antonio; RUFINO, Luiz. Fogo no mato: a ciência encantada das macumbas. 1.ed. – Rio de Janeiro: Mórula, 2018

VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. Rio de Janeiro: Ubu, 2021. 

TRANSFERIR CONHECIMENTO. NOSSA MISSÃO.

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