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Conheci a EAV em 1979, com olhos adolescentes. Era a gestão Breitner, e participei das atividades diárias oferecidas pela Oficina Permanente e, mais tarde, da oficina de litografia, sob a orientação do Prof. Luis Ernesto. A partir de minha graduação em Psicologia (UFRJ, 1988), fui traçando um percurso interdisciplinar, onde as artes visuais potencializaram experiências de transversalidade. Um pouco dessa influência resultou na concepção e implantação do Laboratório de Arte Florestal (1987 e 1992), na Fábrica de Ar, parque público de educação florestal, situado no Horto Florestal do Rio de Janeiro. No Laboratório, crianças entre 6 e 12 anos participavam de atividades criativas, explorando a floresta a partir da percepção das formas e materiais orgânicos. Também ali, em parceria com a Casa
das Palmeiras, e com o apoio da Dra. Nise da Silveira, aconteceram atividades artísticas complementares ao trabalho terapêutico com psicóticos.

Sempre atenta às possíveis interlocuções entre diferentes campos de conhecimento e práticas criativas, após meu Mestrado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social (EICOS, 2003) e do Doutorado em Ciências Sociais (CPDA, 2008), iniciei, em 2009, um trabalho de construção discursiva, em processos de escrita e escuta junto a novos artistas, que acontece até o presente.
Em 2022, apresentei “Beyond words”, um estudo para videoarte, no Multispecies
Ethnography and Artistic Methods Workshop (www.meam.uliege.be), organizado por pesquisadores das universidades de Upssala, Redboud e Liège, em maio de 2022. Esse workshop explorou interfaces entre o conhecimento acadêmico e a arte, em seus diversos suportes e formas de expressão. Em especial, sobre novas indagações que emanam dos estudos transdisciplinares que examinam as relações interespécies, através de formas diferenciadas de percepção e entendimento sobre ideias que não foram ainda plenamente elaboradas sob uma perspectiva teórica. A partir de março de 2022, como monitora do curso Oficina de Transformação de Materiais, do Prof. Marcos Duarte, venho acompanhando mais de perto os percursos de aprendizagem e experimentação dos alunos. Me encanta a dimensão híbrida desse espaço, onde matéria e forma se renovam e se redefinem continuamente. A oficina é onde a arte contemporânea se materializa como uma realidade (poética) sempre por apreender.

CV
2022 - Videoarte "Beyond words" no Multispecies Ethnography and Artistic Methods Workshop (www.meam.uliege.be), organizado por pesquisadores das universidades de Upssala, Redboud e Liège, em maio de 2022.
2019, Abril Artista selecionado pela EIXO ARTE para a exposição virtual de 2019
2019 – Edição do vídeo ‘Vestígios Imágináveis’ para a exposição individual do artista Marcos Duarte, CGaleria, Rio de Janeiro.
2018, Dezembro Exposição de alunos da Escola de Artes Visuais – apresentação do projeto ‘livro inventado’ - AMARGALAMA, realizado no curso Linguagens Visuais: Teoria e Práticas em Fotografia e Videoarte, ministrado por Marcos Bonisson.
2017-2018 - Editora do site Hexagrama Seguinte – experimentação virtual orientada para a divulgação de novos artistas (projeto concluído).
2016, Janeiro - Consultoria para construção narrativa do Projeto de exposição INspot , da artista visual Laura Freitas, aprovado no âmbito da CHAMADA PÚBLICA 05/2015, para o espaço da Galeria Quirino Campofiorito, no Campo de São Bento, Niterói, RJ.
2015, Junho-Setembro - Consultora de pesquisa e projeto para a instalação Caminhos mais claros, de Marcos Duarte, na exposição coletiva INTERVENÇÕES
BRADESCO/ARTRIO2015, no Museu da República, Rio de Janeiro.
2014, Janeiro-Outubro - Produtora Executiva do Projeto Echangeur22, para o planejamento e implantação do projeto de residência artística que tem por vocação reforçar o diálogo intercultural entre Europa, Japão e Brasil através de encontros no campo das artes visuais.
2009-até o presente - Consultoria para construção narrativa de projetos e portfólios para novos artistas.