EAV
AMÉFRICANA

Nos dias 29 e 30 de outubro, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage realiza o “EAV Améfricana”, encontro organizado pelo coordenador de ensino Nathanael Araujo junto aos professores Bernardo Magina e Rosemeri Conceição, que tem como objetivo conhecer mais profundamente as trajetórias sociais, de formação e atuação profissional de artistas contemporâneos negros. Nomeamos o evento em torno de um dos conceitos formulados pela antropóloga fenimista negra Lélia Gonzalez, que entre 1976, 1977 e 1978 atuou como professora na Escola, ministrando o primeiro curso institucional no país sobre cultura negra e realizando exposições com artistas negros dentro da instituição. Cada dia de atividade recebeu o nome de um livro de autoria ou co-autoria da pensadora. Neste ano de 2024 nos propusemos a mobilizar da efeméride de Lélia Gonzalez (1.11.1935 - 10.07.1994) para nos aquilombarmos em torno dos 30 anos da morte da intelectual e podermos pensar amefricanamente o próximo ano, 2025, quando essa ancestral que faleceu precocemente aos cinquenta e quatro anos, completaria 90 anos de nascimento.

Local: Salão nobre 

29 de outubro. terça-feira

Lugar de Negro, de Lélia Gonzalez e Carlos Hasenbalg (livro de 1982)

16h00 às 16h20
Apresentação sonora e musical de alunos

16h30 às 17h20
Lélia Gonzalez e uma possível EAV Améfricana
com Nathanael Araujo, Bernardo Magina, Rosemeri Conceição e Felipe Bellido.

17h30 às 18h10
Artistas Negros e as Artes Visuais Contemporâneas
comPV Dias, Yuri Cruz, Leoa e Rose Sergio

18h20 às 19h
Pintores negros pela EAV dos dias atuais 
com O Bastardo, Guilherme Kid e Robnei Bonifácio

30 de outubro . quarta-feira

Festas Populares, de Lélia Gonzalez (livro de 1987)

16h00 às 16h20
Apresentação sonora e musical de alunos

16h30 às 17h20
Papo de coordenador de ensino ou papo de coordenador de ensino negro?
com Luciana Barbosa (Diretora Adjunta da ETET Martins Pena) e Marcelo Mello (Diretor do Grupo de Teatro Nós do Morro)

17h30 às 18h30
Religiosidades nas artes visuais e o poder transformador dos livros e das artes
com Joana Bahia e Sagat B


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PARTICIPANTES:

Guilherme Kid
Nascido e criado em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. É artista urbano e artista plástico. Seu trabalho retrata o subúrbio e a periferia, em seus aspectos sociais, culturais e do cotidiano. o camelô, a barraca de açaí, as crianças jogando bola e soltando pipa, a feira, o botequim, diversos personagens e cenários são retratados em suas obras.

ROBNEI
Artista e educador Vive, trabalha e transita entre Rio de Janeiro e Nova Iguaçu. Formado em Gravura pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Mestre em Linguagens Visuais pelo PPGAV UFRJ. Fundador da Aula de Boa, projeto arte-educativo voltado para crianças do bairro de Boa Esperança, em Nova Iguaçu.

O Bastardo
Criado  em Mesquita, município da Baixada Fluminense, periferia do Rio de Janeiro. Atuando, inicialmente, em linguagens urbanas, como o grafitti, o artista elabora um diálogo direto entre questões autobiográficas e o pensamento pictórico, conquista gestada entre vivências familiares e passagens por escolas de arte, como a EAV Parque Lage, no Rio de Janeiro, e a Beaux- Arts de Paris.

PV DIAS
Artista paraense que vive entre o Rio de Janeiro e o Pará, comunicólogo, mestrando em Ciências Sociais na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e com formação pela EAV Parque Lage no programa Formação e Deformação do ano de 2019. Sua pesquisa pensa na estruturação das imagens de um território e em possíveis rasuras nessa estruturação.

Yhuri Cruz
Artista visual e escritor, graduado em Ciência Política e pós-graduado em Jornalismo cultural. Trabalha com questões anticoloniais e raciais, promovendo a intersecção entre sua herança ética e estética familiar e as esferas institucionais e transgressoras do campo artístico.

Rose Sergio
Artista formada pela EAV, Sergio tem uma biografia cultural que se inicia na Escola de Música Villa-Lobos, em 2009, e perpassa pela participação em projetos especiais da EAV como o “Encontro com Artistas”. Mestre em Patrimônio e Arte Pública pelo Programa de Pós-Graduação em Patrimônio e Cultura da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cujo tema de pesquisa foi a pichação como um movimento de resistência cultural. 

Marcello Melo Jr.
Ator, cantor, compositor, músico e modelo brasileiro. Diretor do grupo de teatro nós do morro.

Leoa
Artista carioca de 26 anos, tem sua raiz em Bangú, subúrbio do Rio de Janeiro. Primeira mulher a ter uma exposição individual na galeria da biblioteca. Em seus últimos trabalhos, participou do solo do Art Rio e da exposição Zonas Urbanas do Pensamento.

Luciana Barbosa
Doutoranda na Linha de Imagem e Cultura em Artes Visuais no Programa de Pós Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAV-UFRJ)- artes e culturas afrodescendentes e Mestre em Design pela Puc-Rio.é co-gestora da ETET Martins Pena – FAETEC/RJ e Profa. do Departamento de Design da PUC-RJ.

Joana Bahia
Professora na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Pesquisadora de Pós-Doutorado, Universidade de Lisboa, Portugal.Doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Sagat B
Natural de Queimados, baixada fluminense e atualmente mora no morro da Mangueira. Ele nos recebe no pé do morro e nos guia até a ONG África, espaço sociocultural localizado dentro da comunidade onde atua como ativista cultural. Mas Sagat é bem mais que isso. Ele se destaca por ser um artista completo. Além de escritor e ativista cultural, Sagat é rapper e produtor.

Felipe Bellido 
Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio, com período sanduíche financiado pelo programa Capes-print na University of Illinois at Urbana-Champaign. Possui graduação em Ciência Política pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2015), mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2018) e especialização em Políticas Públicas para a Igualdade na América Latina (Clacso). Atualmente é pesquisador do GEDRED PUC-Rio;

O encontro EAV Améfricana faz parte do Plano Anual de Atividades da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com o patrocínio do Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.