Sobre o curso
O curso apresenta um contexto teórico e apresentação de um conjunto de obras de mulheres artistas produzidas nos últimos dez anos. O enfoque é a produção em arte decolonial feminina e suas reflexões na perspectiva da decolonização.
O curso apresenta um contexto teórico e apresentação de um conjunto de obras de mulheres artistas produzidas nos últimos dez anos. O enfoque é a produção em arte decolonial feminina e suas reflexões na perspectiva da decolonização.
Em cada aula, vamos passar sucessivamente pela arte de terreiro, arte afro-brasileira, arte indígena e arte queer, reunindo grupos de 7 artistas mulheres por aula. Veremos a produção de cada uma para o entendimento da construção de suas linguagens e os conceitos dentro do grupo estipulado em cada aula, o que cada uma contribui para o debate sobre os terreiros, sobre a arte afro-brasileira, a arte indígena e arte de gênero. O curso mostra as artistas mulheres como detentoras da narrativa de decolonizar ou contra colonizar estruturas naturalizadas, domesticadas e coloniais que assolaram o país por séculos, percebendo essas artistas mulheres como uma comunidade feminina que contribui para decolonizar o nosso país, já que foram um dos grupos mais afetados pelo colonialismo e ainda pela atual colonialidade. Por fim, perceberemos o nível de ativismo que há na produção em artes de cada uma das artistas. Isso mostra a importância de realizarmos um estudo coletivo sobre o que temos visto nas exposições e eventos de arte dos últimos tempos para uma reflexão da contemporaneidade. Nesse contexto, teremos uma organização que distribui grupos de artistas mulheres em 4 ciclos e suas relações decoloniais nas suas produções.
Artistas e pessoas interessadas em artes; arte decolonial, arte de terreiro, arte afro-brasileira, arte indígena, arte queer, estudos pós-coloniais e perspectivismo decolonial.
Aulas expositivas, mostra de imagens e sons da produção artística de cada uma das artistas; debate com o grupo; acompanhamento de texto, imagens e som através de Power Point ou PDF e comentários.
Doutora em Artes no PPGAV-UFRJ, pesquisadora, diretora e fundadora da plataforma de arte Ateliê Terreiro-RJ. Artista da arte decolonial e contemporânea, com um perspectivismo afro-brasileiro e ameríndio conectado à espiritualidade da Umbanda. Os projetos de arte investigam as relações entre arte e espiritualidade, arte e ancestralidade, memórias e histórias do mar atlântico. Desenvolve uma linguagem artística aberta, que combina diversas mídias, como pintura e cerâmica (que tem se dedicado mais atualmente), e uma produção em desenho, fotografia, vídeo, instalação e performance, e agrega uma passagem profissional na área do cinema documentário. Entre as suas principais exposições individuais temos "Giras na terra, Giras no mar”, 2024, MHC-Museu Histórico da Cidade, Rio de Janeiro, “Kalunga Kia Kolelaku” (Mar Sagrado), 2023, espaço ABAPIRÁ-RJ, “Cachimba”, 2022, MUHCAB-Museu de História e Cultura Afro-Brasileira-RJ, “Liberdade: 4 Atos”, 2019, Galeria Mamute-RS, “Mar Negro”, 2017, Paço dos Açorianos, Porto Alegre-RS. Destaque para as coletivas realizadas nas instituições RedTex Gallery- Suriname; The Source,- InContext, Romênia, Fundación ACE, Argentina, Galeria Vermelho - SP, SESC Vila Mariana-SP, 3 SESC Ipiranga- SP; MAM-Bahia, Centro Dragão de Mar de Arte e Cultura, - CE, Fundação Iberê Carmargo-RS, MAC-Museu de Arte Contemporânea-RS, FVCB -Fundação Vera Chaves Barcellos-RS, Solar dos Abacaxis-RJ, CMAHO-Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, IPN-Instituto Pretos Novos - RJ, Casa França-Brasil-RJ.
CONDURU, Roberto. Pérolas Negras, Outras Voltas - experiências artísticas e culturais nos fluxos entre África e Brasil. Belo Horizonte: Relicário, 2024
FRANCISCO, Luanda. Kalunga mu Kizua — O Mar em tempo. Rio de Janeiro: tese de doutorado em artes, UFRJ, 2021.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de (org). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.
LAGROU, Els. Arte Indígena no Brasil. Belo Horizonte: C/Arte, 2013.
LOPES, Nei. Novo Dicionário Banto do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas, 2012.
PAIVA, Alessandra Simões. A Virada Decolonial na Arte Brasileira. Bauru/SP: editora Mireveja, 2022.
VERGES, Françoise. Decolonizar o Museu-programa de desordem absoluta. São Paulo: Ubu editora, 2023.