ENCONTRO 1 — INTRODUÇÃO — ESTAMOS AQUI: COMO PENSAR UM BRASIL MODERNO? — EBULIÇÕES E RUPTURAS — Visões do modernismo no Hemisfério Norte e as alteridades brasileiras. No Rio de Janeiro da virada do século XIX para as primeiras décadas do século XX, um cosmopolitismo possível e peculiar, marcado pelos atravessamentos do passado colonial. Do desmonte do Morro do Castelo à abertura da Avenida Central, da Revolta da Chibata às obras do Grupo Grimm e de escritores como Machado de Assis, Lima Barreto e João do Rio.
ENCONTRO 2 — DEIXA FALAR! — Ainda no Rio de Janeiro, a fundação da primeira escola de samba por Ismael Silva coincide com os marcos considerados canônicos pelo modernismo paulistano. A Deixa Falar foi criada em 1928, mesmo ano do Manifesto Antropofágico e da publicação de “Macunaíma”. E exemplifica a relação entre essa vanguarda cultural e as manifestações populares do Rio de Janeiro, especialmente o samba.
ENCONTRO 3 — PAULICEIA DESVAIRADA? — Uma genealogia da Semana de 22 e seus legados, debatendo criticamente o pêndulo entre o academicismo e as rupturas que caracterizou o Modernismo paulistano, canonizado como “a” manifestação moderna brasileira. Mergulhos nas obras de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Victor Brecheret. Debate sobre apropriação de imagens e narrativas. A presença contraditória de Monteiro Lobato.
ENCONTRO 4 — IMAGINÁRIOS NORDESTINOS — Vicente do Rêgo Monteiro, Cícero Dias, Rubem Valentim como pontos de coagulação e debate de múltiplos imaginários modernos no Nordeste, com forte presença iconográfica originária e afroconfluente. Gilberto Freyre, o Manifesto Regionalista e a ideia de uma “modernidade tropical”. Uma literatura arquetípica: Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, Jorge de Lima e Jorge Amado.
ENCONTRO 5 — ALEGORIAS GRAVADAS NO IMAGINÁRIO DO SUL — A forte presença expressionista na arte moderna do Sul do Brasil, traduzida por núcleos de gravadores. Carlos Scliar, Glauco Rodrigues, Maria Tomaselli, Iberê Camargo: entre sonhos e pesadelos.
ENCONTRO 6 — MODERNISMO E TOTALITARISMO, MODERNISMO E POPULISMO — O flerte e o namoro das linguagens artísticas dos Modernismos brasileiros com o totalitarismo, desde o Integralismo de Plínio Salgado até o Estado Novo de Getúlio Vargas. O segundo governo Vargas e a relação entre a modernidade brasileira e populismo. Portinari, Di Cavalcanti. Um contraponto: Djanira.
ENCONTRO 7 — REINVESTIR NA EUFORIA — A chegada de Juscelino Kubitschek ao poder e como o “presidente bossa nova” e seu slogan “50 anos em 5” estão em sintonia com as neovanguardas brasileiras. Possíveis pontes entre João Gilberto, Nara Leão e as visualidades do período.
ENCONTRO 8 — CONCRETOS PAULISTAS — O Manifesto Ruptura e a arte concreta paulista, com forte relação com a indústria da maior cidade do país. Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Alexandre Wollner, Hércules Barsotti, Willys de Castro.
ENCONTRO 9 — GRUPO FRENTE, NEOCONCRETOS — Engenho de Dentro: Nise da Silveira, Almir Mavignier, Abraham Palatnik, Ivone Lara e a primazia do inconsciente. Grupo Frente. Manifesto Neoconcreto. Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Amilcar de Castro e Franz Weissmann. Ferreira Gullar e Tereza Aragão.
ENCONTRO 10 — TRAJETÓRIAS SINGULARES — Trilhas líricas e anti-canônicas: Tomie Ohtake, Athos Bulcão, Alfredo Volpi, Mira Schendel, Amélia Toledo e Aluísio Carvão.
ENCONTRO 11 — OPINIÃO: EPIFANIAS E DESENCANTOS DA GEOMETRIA QUE SAMBA — Depois da euforia “bossa nova”, o decepção com a constatação de que o projeto desenvolvimentista deixou de fora inúmeros Brasis. CPC da UNE. Teatro do Oprimido. Grupo Opinião. Espetáculo “Opinião”. Exposições Opinião 65, Opinião 66. Nova Objetividade Brasileira. Manifesto Brasil Diarreia, de Hélio Oiticica.
ENCONTRO 12 — INFILTRAÇÃO NA VIDA— Caminhos depois da ruptura: arte e vida no fim da década de 1960 e na década de 1970. Existências poéticas possíveis durante a ditadura civil-militar brasileira.